Quais as doenças mais comuns nos idosos?

O organismo envelhece dia após dia, desde que nascemos. Contudo, é na terceira idade que ele começa a apresentar maiores problemas, sobretudo porque a expetativa de vida aumentou consideravelmente nos últimos tempos.

Nesse sentido, vale a pena ficar de olho na saúde da pessoa idosa e prevenir possíveis sintomas, de modo que ela aproveite ao máximo essa fase, com mais bem-estar e qualidade de vida.

Veja:

1 – Parkinson

Uma das principais doenças degenerativas que assolam a terceira idade, é a doença de Parkinson, que além de degenerativa é progressiva, afetando partes cerebrais. A doença altera principalmente os movimentos do corpo, provocando tremor, lentidão, desequilíbrio, falta de reflexo e até rigidez involuntária dos músculos. Isso ocorre devido à redução de dopamina no organismo, substância que comanda os processos químicos relacionados ao desenvolvimento motor. Embora não exista cura, o Parkinson pode ser controlado com medicamentos e um bom acompanhamento de fisioterapia.

 

2 – Alzheimer

Trata-se de um tipo de demência, mas que provoca uma deterioração progressiva, global e irreversível de algumas funções cognitivas. A doença do esquecimento, a Alzheimer é a enfermidade que ataca e mata neurónios de modo gradual e progressivo, primeiro causando lapsos de memória e depois completo esquecimento até mesmo dos filhos e companheiros. O sintoma mais comum do aparecimento da Doença de Alzheimer é quando o idoso começa a se esquecer de lembranças relativamente novas. A memória é a mais afetada, porém, os sintomas também surgem na dificuldade de lidar com a concentração, na falta de atenção, na dificuldade de articular o pensamento e usar a linguagem etc.

É comum que o problema surja após os 65 anos, em média, e um diagnóstico precoce consegue retardar o avanço da doença. Como a fase inicial é muito subtil, requer uma atenção redobrada de familiares e de amigos, principalmente em relação ao esquecimento de acontecimentos mais recentes. Outras atitudes são um alerta:

  • repetir tarefas ou conversas;
  • não lembrar de pessoas ou de lugares conhecidos;
  • ter dificuldade em executar alguma tarefa do dia a dia;
  • perder o discernimento, como se vestir inadequadamente em determinadas situações ou épocas do ano;
  • apresentar problemas de comunicação ou esquecer-se de palavras comuns do quotidiano;
  • mostrar uma imprevisibilidade emocional, com alteração na personalidade.

 

3 – AVC

Acidentes vasculares cerebrais também são mais comuns entre a população mais velha visto que o derrame cerebral, como é chamado, é causado graças à interrupção no transporte do fluxo de oxigénio para as células. Em muitos casos, os sinais são pouco evidentes, o que dificulta a sua prevenção.

Após sofrer um AVC é comum que o idoso fique com paralisia ou dormência da face, da perna ou do braço — geralmente, num lado do corpo. Quando acontece, provoca dificuldade de fala, de compreensão e de alimentação, por exemplo. O tratamento precoce pode ser feito a partir de medicamentos anticoagulantes, que minimizam os danos cerebrais.

 

 

4 – Diabetes

Uma vida toda de doçuras pode levar na terceira idade a uma doença que já atinge públicos mais novos e pode ser hereditária.  A diabetes nada mais é do que os altos teores de açúcar no sangue que precisam ser controlados diariamente para uma maior qualidade de vida.

É uma doença também incurável, que apresenta diferentes tipos, dos mais leves aos mais graves. Portanto, ao identificar os sintomas iniciais, é importante ter acompanhamento médico quanto antes. Os sinais mais comuns são fome e sede constante, perda de peso, fraqueza e fadiga, vontade de urinar várias vezes ao dia, bem como náusea, vómitos e mudanças de humor.

 

 

5 – Hipertensão arterial

A origem é genética ou causada por um estilo de vida pouco saudável, sobretudo em relação à má alimentação e à falta de atividade física. Daí começa a ocorrer um aumento anormal da pressão arterial, isto é, a pressão que o sangue faz ao circular pelas artérias.

Os sintomas são dor de cabeça, falta de ar, tontura, zumbido no ouvido, visão borrada e dores no peito. Além da medicação constante, é necessário procurar ajuda no surgimento de qualquer crise, pois ela pode causar enfarto e até mesmo levar à morte.

 

 

6  – Perda da audição

Apesar de não ser uma doença propriamente dita, a perda da audição, mesmo que parte dela, tende a dificultar o dia a dia do idoso. Não existe uma forma eficiente de prevenção a não ser, é claro, o cuidado ao longo da vida de não ficar excessivamente exposto a ruídos sonoros elevados.

 

 

7 – Perda da visão e catarata

A idade também traz problemas para a visão. Entre eles, a catarata é o mais comum já que o olho humano possui uma lente natural que, com o passar dos anos, perde a sua transparência podendo incomodar a pessoa. Existe cirurgia para curar a catarata e esta deve ser feita apenas se o idoso se sentir incomodado com sua visão habitual.

 

 

8 – Osteoporose

A osteoporose é a doença que ataca os ossos, deixando-os mais fracos e suscetíveis a acidentes, daí ser uma das doenças mais comuns em idosos.

Esta doença pode ser identificada a tempo de prevenir fraturas graves. Logo, é normal que haja um tratamento à base de suplementos de cálcio e de vitamina D, além de exercícios, fisioterapia e mudança de hábitos — como a eliminação do cigarro e do álcool.

Bem comum em mulheres, esta doença também pode afetar os homens na terceira idade. Prevenir as quedas é fundamental mas também é preciso estar atento às dores prolongadas, dificuldade em ficar de pé ou diminuição da estatura, com a curvatura acentuada das costas. As fraturas mais comuns são no pulso, nas vértebras e na anca.

 

9 – Cancro de próstata

Modalidade de cancro que ataca exclusivamente os homens, não sendo necessariamente os que pertencem ao grupo dos idosos. A sua prevenção é através do exame do toque, indicado para o género masculino após os 40 anos de idade.

 

 

10 – Cancro de mama

Modalidade de cancro que geralmente ataca as mulheres, também não sendo necessariamente as que pertencem ao grupo da terceira idade. A sua prevenção para esta doença é o cuidado diário em avaliar o aparecimento de caroços e nódulos nos seios além do exame periódico das mamas.

 

11 – Infeção Urinária

Infeção urinária é o nome de uma série de enfermidades causadas pela ação de micro-organismos (normalmente bactérias) no trato urinário. Dependendo da localidade onde se dá a infeção, a doença recebe um nome diferente. Desta forma, temos a uretrite (infeção na uretra), cistite (na bexiga) ou pielonefrite (nos rins).

Durante a juventude, as mulheres são mais afetadas por quadros de infeção urinária, devido a características anatómicas. Contudo, a partir dos 50 anos, com o crescimento da próstata, os homens também podem sofrer mais com esse problema. Além disso, diabetes sem o controle adequado pode favorecer o desenvolvimento desta doença.

Os sintomas mais comuns de infeções urinárias são ardor ao urinar, escassez de urina e dor no baixo ventre, na região da bexiga e nos rins. O tratamento envolve, na maioria dos casos, a administração de antibióticos, que devem ser prescritos por um médico após avaliação do paciente.

 

12 – Infeções Respiratórias

Idosos também são mais propensos a doenças respiratórias que podem evoluir para quadros graves. A maioria dessas doenças são causadas por vírus, bactérias, fungos ou mesmo pela inalação de agentes alérgicos.

Apesar disso, na maioria dos casos, todas as infeções apresentam sintomas similares, como dor no corpo, febre, dor de garganta, tosse, rouquidão e dificuldade para respirar. Ainda que muitos desses quadros sejam autolimitados (ou seja, se resolvam por conta própria em alguns dias), é preciso ficar atento à evolução dos sintomas e procurar ajuda médica sempre que necessário.

A prevenção para esses problemas demanda uma série de cuidados. Eles vão desde a vacinação para uma série de enfermidades até o cuidado com a limpeza e a ventilação dos ambientes, principalmente no inverno. Isso porque há a tendência de permanecermos em locais fechados por mais tempo.

 

13 – Transtornos Mentais

A saúde e o bem-estar de uma pessoa de qualquer idade não devem limitar-se às condições físicas. A saúde mental é parte essencial de uma boa qualidade de vida, inclusive na terceira idade. Desta forma, é sempre importante ficar atento aos transtornos mentais que podem aparecer nos idosos.

Os transtornos depressivos e os quadros de demência (normalmente gerados por outras condições) são os problemas mais comuns nessa faixa etária e merecem atenção redobrada. Ainda mais quando levamos em conta alguns hábitos dos idosos, como a reclusão e a limitação física para o desenvolvimento de certas atividades.

Além do acompanhamento médico e psicológico, o incentivo a uma vida com hábitos saudáveis e uma rotina que incentive atividades lúdicas pode ajudar a contornar os problemas gerados por tal distúrbio.

 

 

Estas são as doenças mais comuns em idosos, sendo elas um risco grave à saúde nesta faixa etária. Será importante os familiares e as pessoas próximas  redobrarem a atenção e os cuidados.

Assim, é essencial incentivar hábitos saudáveis e acompanhar, sempre que possível, a rotina da pessoa idosa. Algumas práticas simples são valiosas nesse contexto, como:

  • elaborar uma dieta saudável, de acordo com as necessidades da pessoa idosa e adequada ao seu quadro médico;
  • certificar-se de que o idoso beba bastante água ao longo do dia;
  • promover e incentivar a prática de atividades físicas que sejam prazerosas e benéficas, tanto ao corpo quanto à mente, enquanto mecanismos de sociabilidade tais como natação, dança, pilatos, musculação, hidroginástica etc.;
  • visitar sempre o médico, mantendo uma rotina regular de exames e de consultas a fim de prevenir e tratar precocemente qualquer uma das doenças mais comuns em idosos;
  • ficar de olho na medicação, que deve ser tomada nos dias, nos horários e nas doses certas;
  • manter o ambiente seguro, a fim de evitar acidentes e outros problemas, sobretudo com a instalação de corrimão nas escadas, de rampas, de suportes e de tapetes antiderrapantes, por exemplo;
  • estimular o lazer e a convivência social, de modo que a pessoa não perca o prazer pela vida.

Devemos ficar atentos a algumas das doenças mais comuns em idosos. A partir de um determinado período, é natural que as pessoas fiquem mais propensas a desenvolver certas enfermidades.

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