Mobilidade reduzida

A Pessoa com Mobilidade Reduzida (PMR) é definida como aquela que tenha dificuldade de movimentação. Gerando, assim, redução efetiva da mobilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou da perceção.

A mobilidade reduzida pode ser permanente ou temporária e por qualquer motivo.
Por exemplo: pessoa idosa, gestante, lactante, com prótese, com criança de colo, obesa.

Vale ressaltar que a Pessoa com Mobilidade Reduzida pode não ter dificuldade de locomoção. Por exemplo, uma pessoa que foi submetida a uma cirurgia para fixar parafusos no punho pode perder parte dos movimentos da mão. Neste caso a pessoa passou a ter a mobilidade reduzida desta articulação e mesmo sem comprometimento da locomoção necessitará de atenção especial ou adaptações nos ambientes.

A liberdade de se movimentar é essencial para a pessoa com mobilidade reduzida. Esse é um direito de todo cidadão e deve ser respeitado pelos órgãos públicos, privados, e até mesmo pelas famílias.

Em qualquer ocasião das nossas vidas que o nosso corpo passe por algum trauma, situação ou evento que diminua nossa agilidade, equilíbrio ou mesmo coordenação motora, estaremos com nossa mobilidade reduzida.

Assim, uma pessoa idosa, alguém que tenha fraturado um membro e esteja utilizando gesso, tala ou muleta, uma mulher gestante ou uma pessoa com criança de colo podem ser consideradas, igualmente, pessoas com mobilidade reduzida.

Da mesma forma, pessoas com sobrepeso, mulheres lactantes, pessoas com deficiência ou até mesmo alguém que tenha, no momento em que saiu de casa, torcido o pé, também são consideradas dentro desta esfera de dificuldade de locomoção ou mobilidade.

Assim são entendidas as pessoas que utilizam cadeiras de rodas, muletas ou qualquer outro instrumento que possa ajudá-las a se locomover.

Existem equipamentos que ajudam a ter uma maior autonomia e independência tornando a vida quotidiana das pessoas com mobilidade reduzida ou pouco mais ativas.

          Bengalas, muletas e canadianas

Para andar com a bengala corretamente deve-se posicioná-la no lado oposto da perna machucada, porque ao colocar a bengala no mesmo lado da perna machucada o indivíduo irá colocar o peso do corpo em cima da bengala, o que está incorreto.

A bengala é um apoio extra, que melhora o equilíbrio evitando a queda, mas é importante que seja usada corretamente para que não cause dor no punho ou no ombro.

Os cuidados essenciais para usar a bengala corretamente são:

  • Ajustar a altura da bengala: a parte mais alta da bengala deve estar na mesma altura do punho do paciente, quando seu braço está esticado;
  • Usar a corda da bengala em volta do punho para que a bengala não caia no chão se precisar usar as duas mãos;
  • Posicionar a bengala ao lado do corpo para não tropeçar nela;
  • Não andar no chão molhado e evitar os tapetes;
  • Ter cuidado ao entrar no elevador e ao usar as escadas para evitar quedas. Calma e equilíbrio são essenciais neste momento, mas se cair, deve pedir ajuda para se levantar e seguir em frente, mas em caso de dor é importante consultar um ortopedista.

Em relação às canadianas e para ajustar corretamente coloca-se a canadiana a cerca de 10 cm da parte da frente do pé ligeiramente para fora, para não tropeçar. Com o braço esticado, o apoio de mão deve estar à mesma altura do grande trocanter (eminência óssea lateral à coxa), caso tal não aconteça deve ajustar a altura.

Posteriormente, enquanto andar tente compreender se está a fazer muita força nos braços/ombros, tal pode indicar que o ajuste não está correto. Se for necessário altere e volte a experimentar.

Andar com duas canadianas:

  • Dobramos a perna “má” (para não apoiar no chão), avançando ao mesmo tempo as duas canadianas e de seguida a outra perna.
  • Avançamos ao mesmo tempo com as duas canadianas e a perna “má” (apoiando-a levemente no chão) e de seguida a outra perna.
  • Avançamos ao mesmo tempo a perna “má” com a canadiana contrária e de seguida a perna “boa” com a canadiana contrária.

Andar com uma canadiana:

Avançamos ao mesmo tempo a perna “má” com a canadiana do lado oposto e de seguida a outra perna.

 

Como subir e descer escadas?

Regra de ouro: subir com a “boa”, descer com a “má” e as canadianas acompanham sempre esta última.

Se tiver corrimão e for estável pode tirar a canadiana desse lado e usar apenas a oposta.

Subir escadas: Avançamos primeiro a perna “boa” e de seguida a outra ao mesmo tempo que as canadianas.

Descer escadas: Avançamos primeiro a perna “má” com as canadianas e de seguida a outra.

 

Avaliação da qualidade da(s) canadiana(s)

  • A zona de pega deve estar revestida e ser confortável durante o uso;
  • As borrachas (que apoiam no chão) devem estar em bom estado e com rasto (caso estejam estragadas poderá trocar apenas esta parte na loja onde comprou ou outra semelhante).

As muletas axilares são usadas colocando a almofada contra a caixa torácica abaixo da axila e segurando a empunhadura, que fica em baixo e paralela à almofada. São usados ​​para fornecer suporte a pacientes que têm restrição temporária de deambulação. Nas muletas nas axilas, às vezes é necessária uma toalha ou algum tipo de cobertura macia para evitar ou reduzir lesões nas axilas. São usadas para carga nula em um dos pés e o peso do corpo é dividido entra o braço e a axila. Antigamente eram de madeira e bem pesadas. Hoje são leves e de alumínio.

Um tipo não tão difundido de muletas axilares é a muleta com mola. A almofada das axilas é um design curvo que é aberto na frente com as alças para as mãos modeladas para o máximo conforto e para reduzir a prevalência de lesões por uso excessivo. Essas muletas também contêm um mecanismo de mola na parte inferior. A ideia por trás desse projeto é permitir que o usuário se mova ainda mais, resultando num movimento mais rápido de um lugar para outro. Essas muletas são mais comumente usadas por populações jovens ou atléticas.

            Andarilhos

Os andarilhos são equipamentos muito práticos para quem tem mobilidade reduzida, uma vez que ajudam a andar com maior segurança e existe uma variedade de modelos conforme a necessidade do utilizador. São equipamentos muito leves e fáceis de usar para quem precisa de uma ajuda extra.

Existem andarilhos simples, com rodas, fixos ou dobráveis e ainda com ou sem assento.

Os andarilhos sem rodas são indicados para pessoas que têm dificuldade em deslocar-se ou que têm problemas de equilíbrio. O uso de um andarilho oferece maior conforto e equilíbrio proporcionando uma deslocação mais segura.

Os seus dois punhos laterais na parte superior do andarilho, são em espuma, conferindo conforto à mão.

São muito fáceis de utilizar e adequam-se a diferentes alturas e idades.

A sua articulação permite que o utilizador dê pequenos passos com segurança promovendo uma marcha fisiológica, ou seja um andar mais ereto e natural.

Pode usá-lo em casa ou na rua.

 

Existem vários tipos de andarilhos:

Dobrável – este modelo de andarilho facilita o seu transporte e arrumação.

Fixo – o modelo mais simples e comum de andadores tem uma estrutura com 4 pés e apoio para as mãos. Para idosos sem restrições nos membros superiores, pode ser uma opção bastante acessível, mas exige força nos braços e limita consideravelmente a velocidade média.

Articulado – A articulação permite que os seus dois lados possam ser movidos alternadamente sem ter de o levantar. Enquanto um é movido para a frente o outro fica apoiado no mesmo sítio. É muito útil em recuperações de marcha, promovendo uma mobilidade mais natural e funcional sem ter que levantar o andarilho. Os andarilhos articulados são compostos por uma estrutura de alumínio, leve e com quatro pés. Estes pés têm nas extremidades ponteiras em borracha que ajudam a dar a segurança., estabilidade e o equilíbrio que necessita. São muitas vezes usados por utilizadores que necessitam de apoio ao equilíbrio.

Com rodas: os andadores com rodas aumentam bastante a velocidade de locomoção, e são encontrados em diferentes opções:

Com rodinhas frontais: parecem-se com o andarilho comum, mas o implemento das rodas frontais diminui bastante a força necessária para marchar. Isso auxilia idosos com pouca força nos braços, mas exige treino para fazer a travagem.

Com três ou quatro rodas: há também os andarilhos de três e quatro rodas. Por aumentar bastante a velocidade de marcha e potencializar acidentes, eles vêm equipados com travões e sistemas de segurança, o que oferece muito mais tranquilidade e também facilidade para o idoso.

Consulte todos estes modelos no nosso site.

 

Benefícios do uso de andarilho:

  • É uma ajuda técnica de auxílio à mobilidade serve para facilitar a marcha, ajuda a aliviar o peso nas pernas, diminuindo as dores de joelhos que eventualmente poderá sentir.
  • Ajuda também a compensar a fraqueza que o utilizador poderá ter numa das pernas.
  • Proporciona ao utilizador equilíbrio e estabilidade.
  • Promove mais conforto, confiança, segurança e bem-estar.

Como escolher um andarilho:

Na escolha do andarilho deve ter em consideração se as pegas lhe dão a estabilidade, conforto e segurança à mão, se a altura do andarilho é a ideal à sua estatura e força nos membros superiores.

Também é necessário analisar o ajuste de altura: o apoio para as mãos pode ter diferentes ajustes de acordo com a indicação médica, mas, no geral, fica ligeiramente acima da cintura.

Jamais utilize o andarilho se algum dos quatro ponteiros dos pés ou alguma das rodas não tocar completamente o chão.

Leve sempre em consideração a opinião médica e pratique bem antes de sair para andar na rua. Comece aos poucos, até pegar confiança na marcha do seu tipo de andador.

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UTILIZAÇÃO

No caso do andarilho sem rodas articulado, tenha em atenção os seguintes passos:

  • Segure o andarilho nos punhos existentes com firmeza, nos dois lados.
  • Empurre um dos lados e mova-o ligeiramente para a frente. Não o afaste muito.
  • Dê um passo para a frente com a perna correspondente ao lado que moveu, colocando o peso no andarilho.
  • Empurre o lado oposto do andarilho e mova-o para a frente e dê um passo com a perna correspondente a esse lado, apoiando-se sempre ao andarilho.

O uso incorreto do andarilho poderá provocar-lhe dores e desconforto nas pernas e joelhos.

Para dobrar o andarilho, o equipamento possui uma peça, que ao pressionar fecha com muita facilidade. Encontra-se centrado na parte superior do andarilho. Durante essa pressão deve mover um dos punhos para dentro e depois o outro.

Para regular em altura mantenha o tronco direito e os braços esticados para baixo, coloque o andarilho à frente do seu corpo, pressione o botão existente em cada perna, e mova um tubo sobre o outro de modo que a altura fique ajustada a si. Verifique se as quatro pernas são iguais.

A altura correta do andarilho é quando as pegas ficam pela altura do seu punho.

Nos andarilhos, verifique que a sua medida se enquadra nas medidas do equipamento.

LIMPEZA

Para fazer a limpeza, use detergente neutro e água quente.

Não use nenhum produto abrasivo.

Após a limpeza, aconselhamos a secagem do equipamento.

RECOMENDAÇÕES

Aconselhamos a verificação dos pontos de apoio (das ponteiras). São feitas de borracha e com o uso, começa a se desgastar, perdendo a sua aderência e consequentemente perdendo a sua estabilidade.

Recomendamos também que em casa remova os tapetes. Para quem tem alguma dificuldade na mobilidade os tapetes são obstáculos que podem originar quedas.

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