Incontinência Urinária Masculina

A incontinência urinária masculina caracteriza-se pela perda de urina e pode surgir em qualquer idade, embora seja mais comum em homens com mais de 45-50 anos e, em especial, com mais de 70 anos.

Esta pode dever-se entre outras a deficiências intrínsecas do esfíncter urinário, situações pós-traumáticas, pós-cirúrgicas, patologias na bexiga (bexiga hiperativa ou capacidade vesical diminuída) ou surgir em consequência de problemas da próstata (e da sua repercussão sobre a bexiga).

De um modo genérico, os homens que tenham uma das seguintes condições, têm maior risco de desenvolver incontinência urinária:

  • Idade avançada
  • Sintomas do aparelho urinário inferior (LUTS)
  • Infeções
  • Alterações cognitivas, funcionais ou neurológicas

  

Sintomas

Os doentes que sofrem de incontinência urinária têm muitas vezes uma sensação súbita de bexiga cheia, uma vontade súbita de urinar e não conseguem reter a urina.

Pelo contrário, as perdas podem ocorrer sobretudo no final da micção.

Em alguns casos, nomeadamente após algumas cirurgias, pode ocorrer incontinência de esforço, quando o doente tosse, espirra, pula, corre ou apenas quando muda de posição (por exemplo quando o homem se põe de pé ou sai do carro).

Outros sintomas que se podem associar à incontinência são a sensação de esvaziamento vesical incompleto, o gotejo terminal, o atraso no início da micção, o esforço miccional e a diminuição da força e/ou do calibre do jacto miccional.

Pode também ocorrer incontinência noturna, quer durante o sono quer quando o doente acorda com vontade forte de urinar e, quando se levanta, não chega a tempo à casa de banho, perdendo alguma urina “no caminho”.

Diagnóstico

O estudo da incontinência urinária masculina deve ser criterioso e completo, para uma correta avaliação clínica e diagnóstico. Para isso, colhe-se e analisa-se a história clínica, efetua-se um exame objetivo cuidadoso (incluindo o toque rectal, para avaliar as características da próstata) e realizam-se exames que ajudam a perceber qual a origem das queixas apresentadas.

O toque rectal permite avaliar:

  • Tamanho aproximado da próstata;
  • Textura, superfície e consistência da próstata;
  • Regularidade, os limites do orgão e a presença de nódulos;
  • Dor à palpação e o tónus esfincteriano anal.

A palpação abdominal também permite detetar a presença de globo vesical, em doentes com retenção urinária ou com grandes resíduos pós-micionais.

O exame da região genital é também importante, incluindo a sensibilidade e o reflexo bulbocavernoso.

É ainda essencial a realização de exames complementares como a urofluxometria e ecografias (da bexiga, da próstata e idealmente também dos rins), sendo em alguns

 

Tratamento

O tratamento deste problema depende do tipo de incontinência, do seu grau, da causa e da evolução da mesma.

Algumas das terapêuticas utilizadas são conservadoras, não invasivas; noutros casos, é necessária uma pequena intervenção para resolver o problema em definitivo.

Medidas não invasivas:

  • A alteração de hábitos, comportamentos e estilos de vida;
  • Medicamentos;
  • Reabilitação/reeducação pélvica; esta inclui as técnicas de electroestimulação e de bio-feedback, além das técnicas clássicas de Fisioterapia, como o fortalecimento muscular e manobras posturais, designadas por Exercícios de Kegel.

Técnicas Invasivas:

Os tratamentos mais utilizados no tratamento da incontinência urinária masculina implicam uma pequena intervenção. São mais eficazes e definitivos que as técnicas não invasivas. Ou seja, em cada caso é necessário ponderar as vantagens (maior eficácia) versus as desvantagens (implicar a realização de uma técnica minimamente invasiva). Estas intervenções implicam anestesia, mas o doente pode ter alta no próprio dia ou no dia seguinte. Destacam-se as seguintes técnicas:

  • Injeção de “bulking agents” – que fazem coaptar/encerrar a uretra, complementando a ação do esfíncter – incontinência ligeira;
  • Colocação de “sling” sub-uretral – à semelhança da intervenção para a incontinência feminina, coloca-se uma “alsa”, uma fita, que pode ser ou não insuflável, por baixo da uretra e através dos orifícios obturadores (“trans-obturador”) ajudando a impedir as perdas de urina; exemplo desta técnica é a colocação do dispositivo ATOMS (Adjustable transobturator male system); esta técnica é adequada para incontinência moderada;
  • Colocação de um esfíncter urinário artificial – implica a colocação de um dispositivo que o próprio doente ativa de cada vez que quer urinar, assegurando a continência fora dos momentos em que o doente está a urinar. Destina-se a incontinências mais marcadas/graves.

Prognóstico

A incontinência urinária é uma condição que tem cura e apresenta um prognóstico bastante positivo.

Os tratamentos hoje conhecidos apresentam diversas opções que ajudam os doentes a ter uma grande melhoria na sua qualidade de vida.

Dependendo da causa da incontinência e do tratamento efetuado, as perdas de urina terminam logo após o tratamento (no caso das técnicas minimamente invasivas) ou vão melhorando pouco a pouco, ao longo das semanas em que é efetuado o tratamento selecionado, reduzindo progressivamente a intensidade das perdas (quando se efetuam técnicas não invasivas, como a toma de medicamentos ou a reabilitação pélvica).

Em que consiste a Terapêutica Médica para a Incontinência Urinária?

Existem vários tipos de incontinência. Para um desses tipos, a incontinência urinária de esforço, não existem no momento atual medicamentos válidos e eficazes. Ou seja, a base do tratamento da incontinência urinária de esforço pura não passa pelo tratamento com medicamentos, pela medicação oral. A causa desta incontinência reside habitualmente num de dois fatores (isolados ou associados): uma alteração da normal posição da uretra ou um problema do esfíncter urinário (que não apresenta a capacidade de contrair de forma normal, pelo que não tem capacidade para encerrar a uretra – e assim impedir as perdas de urina).

No entanto, existe um tipo de incontinência associado a alterações do funcionamento da bexiga (e não a um problema da uretra ou do esfíncter). Diz-se que existe uma “Bexiga Hiperativa”, que contrai anormalmente. Nestes doentes, a contração da bexiga gera pressões tão elevadas no interior deste órgão, que, mesmo com um esfíncter normal, isto é, a desempenhar normalmente o seu papel (e a contrair com força normal), ocorre perda de urina – a pressão na bexiga excede a “força” do esfíncter e desencadeia-se a incontinência. Tipicamente, os doentes afetados por este problema sentem uma vontade súbita e incontrolável de urinar e, mesmo tentando reter a urina e evitar as perdas, estas acabam por acontecer.

Neste tipo de incontinência, o alvo do tratamento é a bexiga. Pretende-se combater a alteração referida do seu funcionamento. Por isso e felizmente, podem utilizar-se medicamentos que vão atuar na bexiga, induzindo um “relaxamento” da mesma, ou pelo menos uma redução da intensidade das suas contrações inadequadas (que em linguagem médica são designadas por “Contrações Não Inibidas do Detrusor).

 

Em que Consiste a Reabilitação Pélvica?

Este tratamento procura devolver a função e capacidade dos músculos e outras estruturas do pavimento pélvico, através de exercícios, movimentos voluntários e outras técnicas que restabelecem a “força” das contrações e a tonicidade dos tecidos, assim reduzindo as queixas urinárias.

O pavimento pélvico é uma espécie de suporte, que é constituído por uma série de músculos, ligamentos, tendões e fascias que garantem o posicionamento de órgãos como a bexiga, intestinos, a uretra ou, nas mulheres, o útero.

Estas estruturas são elásticas, idealmente bastante firmes e têm a capacidade de se mover e contrair. Estes movimentos são necessários para que a eliminação de urina, fezes ou gases, não aconteça involuntariamente.

Além destas características, estes músculos e restantes estruturas contribuem para a sensibilidade e a estimulação sexuais, em ambos os sexos e ajudam ainda o pénis a ficar ereto e a ejacular, no caso dos homens.

Em que Consistem as Cirurgias Minimamente Invasivas?

Estas técnicas cirúrgicas para a Incontinência Urinária são rápidas, seguras e pouco invasivas.

Os procedimentos vão desde a injeção de “bulking agents” para obter uma coaptação da uretra à colocação de dispositivos usados para complementar ou substituir a função do esfíncter urinário.

Estas técnicas podem ser realizadas via endoscópica ou aberta. Implicam uma anestesia, que pode ser local, raquianestesia ou geral.

Os resultados obtidos são muito satisfatórios e, geralmente, as perdas de urina deixam de acontecer de imediato.

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